quinta-feira, 5 de maio de 2011

Organização européia cobra bem-estar dos animais ao Mercosul

               Eurogrupo solicitou à União Europeia que exija dos produtores de carne do bloco a erradicação do sofrimento animal

Editora Globo

            A organização Eurogrupo pelo bem-estar dos Animais pediu nesta quarta-feira (13/04) à União Europeia que exija aos produtores de carne do Mercosul (bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) os mesmos requisitos sobre bem-estar animal que devem cumprir o setor do gado europeu.

            O Eurogrupo afirmou que a UE deve "erradicar o sofrimento animal" em todas as suas trocas internacionais, conforme comunicado divulgado por causa das negociações entre Bruxelas e o bloco latino-americano para um acordo de livre-comércio.

            A organização mostrou sua "consternação" na investigação de uma de suas associações, GAIA, sobre a produção de carne de cavalo na América do Sul na qual, segundo a nota, constatou "maus-tratos graves de milhares de animais por ano", assim como práticas "proibidas na UE".

 Acompanhamento

            O grupo ressaltou que os animais são transportados e sacrificados em condições inaceitáveis e que a carne desses países acaba nas estantes dos supermercados europeus, enquanto os consumidores da UE não são conscientes do sofrimento que envolveu a produção desses alimentos. A organização acrescentou, ainda, que nessas nações é difícil fazer acompanhamento dos animais em todas as fases da cadeia de produção alimentícia.

            "Apesar disto, a UE, que tem legislação estrita sobre bem-estar animal, está discutindo novos acordos com os países do Mercosul, que permitirão aumentar as importações de carne", segundo o Eurogrupo.

            "Isto é extremamente alarmante porque os cidadãos europeus esperam que toda a comida vendida na UE, produzida na Europa ou importada, contemple os mesmos padrões sobre bem-estar animal e segurança alimentar", declarou a diretora de Eurogrupo, Sonja van Tichelen.

            Além disso, o Eurogrupo considera "vital" que os especialistas da União Europeia sejam "responsáveis" e respeitem o bem-estar animal, porque "nenhum varejo pode justificar a venda de produtos obtidos como resultado desse sofrimento animal horrível", segundo o comunicado.

Fonte: Agência EFE

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