sábado, 21 de maio de 2011

Animais silvestres ‘exóticos’ são cada vez mais explorados pelo comércio de animais

Vendido por até 4.000 reais, o sagui é o mais explorado atualmente nas pet shops paulistanas


            O sagui da foto acima, desde o mês passado, vive no apartamento do empresário Eduardo Fleury, na Vila Olímpia. “Gasto umas três horas por dia em cuidados com ela e quero comprar agora um viveiro mais espaçoso para aumentar seu conforto”, afirma ele, referindo-se à fêmea de sagui que virou seu novo animal de estimação. Nos últimos tempos, várias pet shops da cidade começaram a oferecer essa espécie de macaco, a preços que variam de 2.000 a 4.000 reais. No Galpão Animal, na Vila Leopoldina, a procura tem sido tão alta que faltam filhotes para atender tantos clientes. “Vendemos hoje uma média de cinco por mês”, conta a gerente Marina Britto.
            Os saguis fazem parte da nova safra de bichos exóticos dos estabelecimentos especializados. A relação inclui ainda o teiú, um lagarto que pode chegar a 1,5 metro de comprimento (800 reais), e a arara-vermelha (entre 6.000 e 9.000 reais). Eles nascem em cativeiro e sua comercialização é controlada pelo Ibama.
            Abrigar um macaco em casa é bem mais complexo do que manter um cão ou um gato. O animal é muito delicado e suscetível a doenças como gripe e herpes. “Além disso, o macho pode se tornar agressivo no período reprodutivo”, alerta Cristina Marques, bióloga do setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo. Nos anos 90, várias pessoas investiram na aquisição de ferrets, também conhecidos como furões. A moda passou rápido e boa parte deles acabou descartada por seus “tutores”. O Parque Ecológico do Tietê é um termômetro do problema: recebe por mês cerca de 1.000 bichos de todos os tipos abandonados na capital. Depois de tratados por veterinários, eles são remanejados para criadouros especializados.
Com informações de Veja
Nota da Redação ANDA: Um modismo descabido que, além incentivar o abandono dos cães e gatos, já domesticados, priva animais selvagens de toda a liberdade que teriam em meio à natureza em seu habitat natural. Trata-se de uma violência autorizada pela lei  e praticada apenas por uma vaidade egoísta em ostentar um animal “exótico”.  Ao animal que tem sua liberdade tolhida, seus instintos atrofiados pelo confinamento e falta de contato com outros seres de sua espécie, pouco importa se ele está trancafiado em um apartamento com ou sem autorização do Ibama — o cativeiro já constitui  uma violência.  Mas vale lembrar que esse comércio, como qualquer outro, estimula o tráfico de animais, uma vez que cresce o interesse pela aquisição das vítimas criadas em cativeiro. E, como a reportagem ressalta, quando o modismo passa, o abandono é a consequência. Todo e qualquer comércio deve ser banido, esteja ele fora ou dentro da lei. Jaulas vazias, liberdade e selva ao que é selvagem por natureza!

                                                                                 Por: Cat Pinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário