quinta-feira, 5 de maio de 2011

Agricultura promove cursos para abate bovino mais humanitário

                  Boas práticas melhoram a qualidade da carne e evitam perdas econômicas

Editora Globo
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, sigla em inglês), está promovendo uma série de cursos de capacitação em bem-estar animal e abate humanitário de bovinos, suínos e aves. Segundo a chefe da Divisão de Bovideocultura do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Andrea Parrilla, as aulas pretendem formar multiplicadores capacitados para o manejo adequado nas etapas que antecedem o abate dos animais e durante o processo.
            O treinamento busca reduzir as perdas econômicas ocasionadas por práticas inadequadas e melhorar a qualidade do produto. “Queremos promover um melhor entendimento sobre o bem-estar animal e a implantação dos conceitos que incorporam as boas práticas de manejo  e abate humanitário, incluindo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e da União Europeia. Os acordos internacionais de comércio valorizam cada vez mais esse aspecto”, destaca.

            O manejo e o abate incorretos trazem sofrimento aos animais. Além disso, interferem diretamente em aspectos como a cor, textura, sabor e validade da carne e no aproveitamento da carcaça, podendo trazer prejuízos tanto para produtores, quanto consumidores.

Como funciona:
            Ao todo, serão dez cursos, em oito estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pará e Rondônia. As duas primeiras edições do treinamento ocorreram no início deste mês, em Piracicaba e Jaboticabal (SP).Os programas têm duração de 24 horas/aula e são ministrados por veterinários e zootecnistas da WSPA. O material didático é formado por três livros – um para cada espécie animal tratada – e DVDs. Cada turma tem entre 100 e 150 alunos.

            O público-alvo prioritário são as Superintendências Federais de Agricultura, Secretarias Estaduais de Agricultura, órgãos de extensão rural e Agências Estaduais de Defesa Agropecuária. Representantes do setor privado, como profissionais de frigoríficos que atuam nas áreas de inspeção federal, estadual e municipal e de garantia da qualidade, entre outros, podem participar.
            Os cursos também são abertos a instituições de ensino. “O curso oferece um material muito didático, com exemplos de como é um manejo correto, ou incorreto e orientações sobre como corrigir”, declara o fiscal federal agropecuário Nelmon Oliveira da Costa, que participou do curso em São Paulo. A iniciativa é uma ampliação do termo de cooperação assinado em 2008 pelo Ministério com a WSPA – definido como Programa Nacional de Abate Humanitário (Steps) – que previa a capacitação de grupos menores dentro dos frigoríficos. Os treinamentos começaram no ano passado e já prepararam, aproximadamente, 1.500 profissionais. Desse total, 300 eram agentes de inspeção e fiscais federais agropecuários. Os fiscais do estado de Santa Catarina já foram capacitados. A meta seguinte é atingir também os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Próximos cursos:
Campo Grande (MS) – 25, 26 e 27 de abril
Belo Horizonte (MG) – 7, 8 e 9 de junho
Lavras (MG) – 7, 8 e 9 de junho
Cuiabá (MT) – 16, 17 e 18 de agosto
Goiânia (GO) – 27, 28 e 29 de setembro
Salvador (BA) – 25, 26 e 27 de outubro
Belém (PA) – 25, 26 e 27 de outubro
Porto Velho (RO) – 8, 9 e 10 de novembro

Fonte: Globo Rural Online com Informações do MAPA

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