sábado, 21 de maio de 2011

OAB-PR quer fim do uso de cães em experiências de Universidade

Cães têm dentes arrancados sem anestesia para experimentos de implantes.

            A Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) quer o fim das experiências com implantes dentários em cães da raça beagle na Universidade Estadual de Maringá (UEM). A OAB reivindica que os cães que participaram da pesquisa sejam liberados e colocados para doação e que a experiência não use animais.
            A entidade teve conhecimento das experiências depois de receber denúncia na semana passada. Constam nos documentos que os beagles, cães de pequeno porte e muito dóceis, criados no Biotério da universidade, tinham os dentes extraídos e, no pós-cirúrgico, eram alimentados com “ração dura de grão médio”.
“Mesmo com pontos na boca, os tratadores não ofereciam papinha a eles”, diz a advogada Danielle Tetü Rodrigues, membro da Comissão e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento.
            Na cirurgia para instalar os implantes dentários, a anestesia era insuficiente e os cães acordavam no meio da operação. “Os animais são seres que sentem dor, medo, frio e fome”, comenta. “Fazer uma experiência é inadmissível e é o que parece estar acontecendo na UEM”.
            A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente também investiga as experiências de implantes em cães. Um ofício encaminhado à universidade pediu suspensão das pesquisas. O promotor do Meio Ambiente, José Lafaieti Barbosa Tourinho, diz que recebeu documentos sobre as pesquisas e que os papéis estão em análise.
            A promotoria passou a analisar o caso depois de receber um abaixo-assinado com quase 6 mil assinaturas. A OAB-PR pediu cópia dos autos ao Ministério Público. A entidade quer saber em qual estágio se encontra o inquérito e não descarta medida criminal contra a UEM caso os maus-tratos sejam confirmados. “Não concebemos que no século 21 os animais sejam criados com a finalidade de servir ao homem”.
            Infelizmente, temos um caminho longo a percorrer, pois a utilização de animais em experiências é permitida por lei desde que eles sejam usados como último recurso e que não sejam submetidos à dor. Tendo como base a própria lei, os pesquisadores continuam com atividades de atos cruéis, como o professor Mauro Ravagnani, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, afirma que a ética norteia todos os experimentos feitos na instituição.
“Todos os projetos de pesquisa (que usam animais) passam pelo comitê. Os são aprovados só são desenvolvidos porque têm parecer legal”.
Com informações de O Diário

                                                         Por: Cat Pinho

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