segunda-feira, 4 de julho de 2011

Rara anta albina recebe tratamento em centro de reabilitação no MS

            Uma rara anta albina virou atração no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em Campo Grande (MS). De acordo com o médico veterinário do centro, Álvaro Cavalcante, não se tem registros da existência de nenhum animal como este, sem pigmentação no corpo, em criadouros brasileiros.

            De acordo Cavalcante, a anta era criada em uma fazenda do estado onde havia se iniciado um projeto de mantenedor de fauna, isto é, propriedades que são autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a criar animais silvestres.

            O veterinário explica que o animal foi comprado com aproximadamente três meses, no Paraguai, e que ficou na propriedade por quase dez anos. Então, o proprietário resolveu vender as terras e levá-la para São Paulo. Porém, o Ibama constatou uma situação irregular: o homem tinha iniciado o projeto, mas não tinha dado a correta continuidade, por isso, em junho de 2010, o animal foi encaminhado ao Cras.


            Segundo Cavalcante, pela falta de melanina, o animal recebe uma série de cuidados especiais, como, por exemplo, mudança de recinto devido a insolação, além de banhos com produtos específicos para a sua pele, alimentação regrada e medicação preventiva.

            O veterinário revela ainda uma curiosidade sobre o animal. Quando chegou ao Cras, a anta albina veio acompanhada de outras antas, entre elas um filhote. Desde então ela o adotou e cuida até hoje como se fosse seu filhote.

Albinismo

            De acordo com o doutor em ecologia, José Milton Longo, o albinismo é um distúrbio genético, proveniente de herança hereditária. A doença ocorre em razão de um defeito na produção de melanina, cuja principal função é a pigmentação e proteção contra os raios solares. Ele explica que a melanina se distribui por todo o corpo e é responsável por dar cor e proteção à pele, cabelos e olhos.

            Segundo Longo, o albinismo não se expressa somente em humanos e mamíferos, mas também em aves. “O ser que possui o albinismo terá problemas com a exposição ao sol, pois sem melanina não há bronzeamento, aumentando as chances de queimaduras, fotofobia e câncer de pele”, diz.

            José Milton exalta também a importância da criação em cativeiro dos animais albinos. “ Em seu habitat natural, o animal tem muito menos chances e sobrevivência. Além dos problemas com o sol por conta da sua falta de pigmentação, a sua coloração os entrega facilmente, tanto para suas presas , quanto para seus predadores. Ou seja, o tempo de vida de um animal albino com certeza é prolongado em cativeiro”.

Fonte: G1
Por: Catherine Pinho


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