quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mulher deixa cachorro preso por seis meses dentro de carro

Cartazes expressam a revolta da sociedade contra tamanho sofrimento causado ao animal

“Como alguém pode deixar seu cachorro trancado em um carro por seis meses?”, perguntava o denunciante. “Que tipo de pessoa é essa? Queremos uma explicação de como isso foi acontecer.”
            Margarita Rusbridge não respondeu e andava rapidamente pelos corredores da Corte de Kempton Park, na África do Sul, enquanto o advogado dela a blindava. “Deixe-a em paz! Quer que eu chame a polícia?”, ele gritava. Rusbridge foi acusada de abuso animal, conforme informou o jornal IOL News.

            No ano passado, ela estacionou o carro no Aeroporto Internacional de Tambo, trancou o cachorro da raça daschund no porta-malas e embarcou para a Noruega. Depois de seis meses ela não tinha voltado ainda. O cachorro morreu.
            Rusbridge argumentou que na época do crime estava mentalmente doente. Ela responde em liberdade.
            Nesta segunda, ativistas pelos direitos animais da People for the Liberation Animals (PLA), protestaram em frente ao tribunal. “Se alguém deixa o próprio filho trancado no porta-malas, quantas pessoas ficariam indignadas? Assim como uma pessoa, um animal sofre e passa fome do mesmo jeito. O sentimento é o mesmo”, disse Miranda Jordan, da PLA.
            O advogado de defesa argumentou que a mulher foi para a Noruega para se internar. “Ela foi avaliada por um psiquiatra na Noruega e por um no Reino Unido. Ambos confirmaram que ela é portadora de esquizofrenia paranoica”, disse o advogado.
            O Estado, entretanto, rejeitou as argumentações da defesa e o julgamento do caso foi adiado até que Rusbridge seja avaliada pelo Hospital Psiquiátrico de Sterkfontein.
            A People for the Liberation Animals, preocupada com a leniência com que esse caso de abuso contra um animal está sendo tratado pela Justiça, exige que medidas duras sejam tomadas. A entidade quer que Rusbridge seja presa. “Ela foi solta e não pagou fiança. Isso mostra toda a leniência com a crueldade cometida. Ela precisa servir de exemplo para que outras pessoas não façam a mesma coisa”, disse outra ativista.
 Fonte: ANDA
Por: Catherine Pinho

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