Novo produto à base de zinco interrompe produção de espermatozóides.
Empresa que lançou produto vai doar medicamentos para ONGs.
Empresa que lançou produto vai doar medicamentos para ONGs.
Medicamento promete deixar cães inférteis sem necessidade da tradicional cirurgia
Uma injeção que deixa os cães machos inférteis sem a necessidade de cirurgia surge como uma alternativa para donos de pets que consideram cruel a castração tradicional. A nova droga foi lançada no início do mês, em São Paulo.
A veterinária e diretora da empresa que desenvolveu o medicamento, Maria José Simões de Freitas, explicou ao G1 que o animal recebe uma injeção do medicamento em cada testículo. “O produto é feito à base de zinco, que é a substância usada pelas células dos testículos para a produção de espermatozóide. Com o excesso, o organismo não consegue mais produzir espermatozóides. As células acabam atrofiando e não há mais a produção”, disse.
A veterinária e diretora da empresa que desenvolveu o medicamento, Maria José Simões de Freitas, explicou ao G1 que o animal recebe uma injeção do medicamento em cada testículo. “O produto é feito à base de zinco, que é a substância usada pelas células dos testículos para a produção de espermatozóide. Com o excesso, o organismo não consegue mais produzir espermatozóides. As células acabam atrofiando e não há mais a produção”, disse.
Segundo Maria José, com uma única dose, a eficácia do medicamento foi constatada em 72% dos animais após 30 dias. Dependendo de cada animal, entre 30 e 60 dias, é recomendada uma nova aplicação para a total atrofia dos testículos.
“O veterinário responsável pela aplicação vai avaliar se o animal precisa ser sedado para a aplicação do produto, que é feita por uma injeção. Geralmente, é dispensável quando os animais não são agressivos”, disse Maria José, que garante que durante o processo de atrofia também não há dor. “O cão não sente porque é um processo muito lento, leva cerca de 60 dias até a atrofia total.”
O esterilizador químico, que se chama Infertile, foi desenvolvido no Brasil pelo Centro de Planejamento de Natalidade Animal (CPNA). O produto foi testado por seis anos e teve a comercialização liberada pelo Ministério da Agricultura no fim de 2008. Por enquanto, é aplicado apenas em machos.
A empresa afirma que o medicamento não tem contraindicação nem provoca efeitos colaterais. Todo o procedimento deve ser feito por um médico veterinário.
O esterilizador químico, que se chama Infertile, foi desenvolvido no Brasil pelo Centro de Planejamento de Natalidade Animal (CPNA). O produto foi testado por seis anos e teve a comercialização liberada pelo Ministério da Agricultura no fim de 2008. Por enquanto, é aplicado apenas em machos.
A empresa afirma que o medicamento não tem contraindicação nem provoca efeitos colaterais. Todo o procedimento deve ser feito por um médico veterinário.
Sem reação
Dona de um abrigo que cuida de 700 cães abandonados em São Paulo, Carmem Salas usou a injeção em seis animais há 15 dias. Segundo Carmem, eles não tiveram reações colaterais.
“Quando é feita a castração tradicional, alguns bichos ficam doloridos, têm inchaços, passam alguns dias sem comer e precisam usar capacete para não coçar. Com a injeção, eles ficaram normais e já estão com os outros, no canil”, disse Carmem.
Doação para ONGs
Até o dia 20 de março, o CPNA vai doar o medicamento para secretarias municipais interessadas e ONGs que cuidam de animais e desejam realizar a castração. O produto já está sendo vendido a R$ 30 para veterinários e a R$ 10 para ONGs.
Os responsáveis por ONGs podem entrar em contato com a empresa pelo e-mail: info@infertile.com.br ou telefone (11) 5631-0888.
Cautela
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou, em nota, que ainda está avaliando a possibilidade de utilizar a substância junto com laboratório fabricante.
Segundo a secretaria, ainda serão realizados testes, pela Vigilância Sanitária, para verificar a segurança e eficácia do produto, bem como a sua utilização em mutirões de castração. As castrações cirúrgicas de cães e gatos machos e de fêmeas continuam.
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