Os efeitos da ação humana sobre o ambiente, que
provoca a mudança climática, são conhecidos. Entre eles, pode-se citar o degelo
acelerado no Ártico e a intensificação das chuvas e dos incêndios. Agora,
cientistas analisam como os animais estão sendo afetados.
Um estudo recente, publicado na edição on-line “The
American Naturalist”, indica que as altas temperaturas podem fazer com que
determinadas espécies “encolham”. A consequência imediata é que a reprodução é
comprometida, com menos crias nascendo, e uma provável alteração de toda a
cadeia alimentar.
Essa relação entre o tamanho e as alterações na
temperatura, já comprovada anteriormente, mas nunca explicada totalmente, afeta
somente os animais de sangue frio –como insetos, crustáceos, peixes, anfíbios e
répteis–, que dependem de fontes externas de aquecimento como a luz do sol para
se manterem aquecidos.
O estudo foi feito com 34 tipos de crustáceos
copépodes, pelo doutorando Jack Forster, da Universidade de Londres. Segundo
ele, as criaturas diminuíram uma média de 2,5% para cada um grau Celsius
elevado.
Forster diz que esse fenômeno mudaria a cadeia
alimentar em duas frentes. Menores, os animais de sangue frio passariam a comer
outras espécies.
Por sua vez, quem está acima deles na cadeia
alimentar teria que gastar mais tempo procurando comida para obter a quantidade
suficiente.
Ou seja, a codependência entre as espécies seria
mudada e levaria um tempo para se adaptarem.
Fonte: Correio do Estado
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