A divulgação de casos de crueldades cometidas contra
animais tem comovido e indignado todo o país. A sociedade tem acompanhado a
triste realidade de animais domésticos, domesticados, silvestres e exóticos que
são mortos, espancados, brutalizados, sofrendo violências de todos os tipos sem
que os criminosos sejam presos ou penalizados com rigor, porque não há amparo
legal para que se faça verdadeiramente justiça.
As leis no Brasil são brandas para perigosos
assassinos e pessoas cruéis porque parte do pressuposto que uma atrocidade
contra um animal é um crime de menor poder ofensivo. Um entendimento
absolutamente equivocado e que vai de encontro ao entendimento da Justiça de
outros países e ao anseio da sociedade brasileira, que está clamando por
mudanças na lei.
Este é um erro que precisa ser corrigido. Não se
julga um crime a partir da vítima. Uma barbaridade cometida contra um cão, um
mendigo, uma pessoa rica deve ser penalizada da mesma maneira. O que se deve
punir é a violência em si e ela não é menor porque é cometida contra
determinados seres. Julgar desta forma é estimular a crueldade contra os mais
fracos. O abuso contra animais é um crime com consequências graves para todos.
Já está mais do que provado por pesquisas que a
violência ao animal é sintoma de uma mente doentia. Já na década de 70, o
resultado do levantamento da vida de serial killers feita pelo FBI, a polícia
federal norte-americana, comprovava a relação entre crueldade contra animais e
crueldade contra pessoas. Quase todos os assassinos em série começaram matando
animais (veja uma pequena lista de casos abaixo).
Essa compreensão é a base do julgamento de crimes
contra animais nos Estados Unidos. Apenas para citar um caso recente publicado
pela ANDA, um homem que violentou um cão que sobreviveu, foi sentenciado a 10
anos de prisão em regime fechado no EUA. Além da pena de prisão, ele foi
inscrito, pelo resto da vida, no registro de delinquentes sexuais. Uma sentença
exemplar que deve ser aplicada também no Brasil.
Os animais têm direitos que precisam ser reconhecidos
e respeitados. Este é o clamor de boa parte dos brasileiros e a legislação
precisa atender. A lei deve obrigatoriamente acompanhar os avanços morais,
tecnológicos, econômicos, culturais, de qualquer outra ordem, da sociedade.
Mobilização nacional
De Norte a Sul do país, milhares de pessoas, num
movimento lindo e histórico, estão mobilizadas em mais de 170 cidades e
capitais para exigir que autoridades, legisladores, mudem as leis. Chega de
impunidade, chega de tanto sofrimento e dor diante de injustiças. A legislação
brasileira no que concerne aos crimes cometidos contra animais precisa mudar
imediatamente.
A ANDA vem divulgando e denunciando há três anos
casos de violência contra animais, seria impossível listar todos aqui, relembre
apenas alguns recentes:
Abaixo, publicamos uma relação com o nome
de criminosos de alta periculosidade, os crimes que cometeram e a crueldade com
os animais (RELATOS FORTES!!!) .
Albert de Salvo (O Estrangulador de Boston) Assassinou
13 mulheres.
Na juventude prendia cães e gatos em jaulas para depois atirar flechas neles.
Brenda Spencer Uma colegial que matou duas crianças
nos EUA.
Costumava se divertir ateando fogo na cauda de cães e gatos e ninguém deu muita
importância a isto.
David R. Davis Assassinou a esposa para receber o
seguro.
Matou dois poneys, jogava garrafas em gatinhos, era caçador.
Edward Kemperer Matou os avós, a mãe e sete mulheres.
Cortou dois gatos em pedacinhos.
Henry L. Lucas Matou a mãe, a companheira e um grande
número de pessoas.
Matava animais e fazia sexo com os cadáveres.
Jack Bassenti Estuprou e matou três mulheres. Quando
sua cadela deu cria enterrou os filhotes vivos.
Jeffrey Dahmer Matou dezessete homens. Empalava sapos
quando crianças e matava animais deliberadamente com seu carro.
Johnny Rieken Assassino de Christina Nytsch e Ulrike
Everts.
Matava cães, gatos e outros animais quando tinha 11 ou 12 anos.
Luke Woodham Aos 16 anos esfaqueou a mãe e matou a
tiros duas adolescentes. Incendiou seu próprio cachorro despejando um líquido
inflamável na garganta e pondo fogo por fora e por dentro ao mesmo tempo. “No
sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi minha
querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu. Pereceu algo
quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela”. Esta frase foi extraída do
diário de Luke Woodham.
Michael Cartier Matou Kristen Lardner com três tiros
na cabeça.
Aos quatro anos de idade puxou as pernas de um coelho até saírem da articulação
e jogou um gatinho através de uma janela fechada.
Peter Kurten (O Monstro de Düsseldorf) Matou ou
tentou matar mais de 50 homens, mulheres e crianças. Torturava cães e fazia
sexo com eles, enquanto os matava.
Randy Roth Matou duas esposas e tentou matar a
terceira. Passou um esmeril elétrico em um sapo e amarrou um gato ao motor de
um carro.
Richard A. Davis Assassinou uma criança de doze anos.
Incendiava gatos.
Richard Speck Matou oito mulheres. Jogava pássaros
dentro do elevador.
Richard W. Leonard Matava com arco e flecha ou
degolando.
Quando criança a avó o forçava a matar e mutilar gatos com sua cria.
Rolf Diesterweg O assassino de Kim Kerkowe e Sylke
Meyer.
Na juventude matava lebres, gatos e outros animais.
Theodore R. Bundy Matou 33 mulheres. Presenciava o
avô sendo cruel com os animais.
FONTE: ANDA